PLP 68/24 que regulamenta a reforma tributária aprovado no Congresso Nacional

Na terça-feira (17/12), foi aprovado no Congresso Nacional o PLP 68/24. O texto segue agora para sanção presidencial.
O PLP 68/24 era a principal proposta de regulamentação da reforma. Com a sua aprovação, podemos aguardar em 2025 a fase de “sub-regulamentação” da reforma, com a publicação de diversas normas infra-legais, definindo aspectos mais detalhados do novo sistema tributário.
Para analisar os principais pontos de mudança entre a versão aprovada pelo Senado na semana passada e o texto final aprovado pela Câmara dos Deputados, veja o comparativo que o time FIUS preparou:
Assuntos por Setor Versão Aprovada pela Câmara (10/07/2024) Proposta Aprovada pelo Senado
(12/12/2024)
Decisão da Câmara
(17/12/2024)
1. Cesta Básica Incluía itens básicos, como arroz, feijão, farinha e óleo vegetal, com isenção ou alíquota reduzida. Propunha incluir produtos processados, como pães especiais e derivados de mandioca. Rejeitou a ampliação, mantendo a redação original.
2. Educação Benefícios fiscais para serviços educacionais formais e regulamentados, como escolas, universidades e cursos técnicos. Ampliava para incluir atividades extracurriculares, reforço escolar e ensino especial. Rejeitou a ampliação, mantendo o foco na educação formal.
3. Saúde Redução tributária para hospitais, laboratórios, clínicas gerais e outros serviços médicos essenciais. Incluía serviços domiciliares, terapias alternativas e clínicas de reabilitação. Rejeitou a ampliação, mantendo o texto original.
4. Alimentos Redução para alimentos básicos, como farinhas, arroz e óleos vegetais. Propunha incluir alimentos processados e industrializados, como sucos e derivados de milho. Rejeitou a inclusão de alimentos processados.
5. Segurança Nacional Benefícios limitados a equipamentos e serviços diretamente relacionados à segurança nacional, como sistemas de vigilância e defesa. Ampliava para incluir equipamentos de uso dual, como drones e tecnologias de monitoramento. Rejeitou a ampliação, mantendo o escopo original.
6. Segurança Cibernética Não previa um anexo específico para segurança cibernética, tratando o tema de forma genérica. Criava um anexo com isenção para produtos e serviços digitais, como firewalls e antivírus. Rejeitou o novo anexo, mantendo a abordagem genérica.
7. Equipamentos Médicos Incluía equipamentos médicos essenciais, como tomógrafos, cadeiras de rodas e aparelhos de ultrassom. Propunha incluir dispositivos portáteis e tecnologias avançadas para diagnóstico. Rejeitou a ampliação, mantendo a redação original.
8. Representantes Comerciais Não previa representantes comerciais como beneficiários da redução de alíquota. Propunha incluir representantes comerciais na lista de categorias beneficiadas. Rejeitou a inclusão, preservando o texto original.
9. Profissões Intelectuais Benefícios limitados a profissões regulamentadas, como médicos, advogados, engenheiros e arquitetos. Ampliava para incluir categorias como designers, consultores e especialistas em tecnologia. Rejeitou a ampliação, mantendo a lista original.
10. Setor Imobiliário Regulava a tributação de alienação de imóveis, incluindo critérios específicos para incorporação e loteamento urbano. Ampliava benefícios fiscais para empresas de incorporação e loteadoras. Rejeitou a ampliação, preservando a redação original.
11. Medicamentos Incluía medicamentos essenciais, como genéricos e de uso contínuo, com redução de alíquota ou isenção. Propunha incluir novos medicamentos, como terapias inovadoras e fármacos para doenças raras. Rejeitou a ampliação, mantendo o texto aprovado anteriormente.
12. Dispositivos Médicos Benefícios fiscais para dispositivos médicos essenciais, como próteses e órteses. Propunha incluir dispositivos para acessibilidade, como cadeiras motorizadas e equipamentos adaptativos. Rejeitou a ampliação, mantendo o texto original.
13. Comunicação Institucional Benefícios fiscais para serviços de comunicação institucional, como campanhas de interesse público. Propunha incluir serviços de consultoria em comunicação e marketing estratégico. Rejeitou a ampliação, mantendo o texto original.
14. Medicamentos no SUS Excluía a isenção tributária para medicamentos fornecidos ao SUS por organizações privadas. Reintroduzia a isenção para medicamentos adquiridos pelo SUS. Rejeitou a reintrodução, mantendo a exclusão no texto original.
15. Exportações Concedia isenção tributária para exportações diretas de bens específicos, limitando o escopo do benefício. Ampliava a isenção para incluir bens processados com matéria-prima nacional, beneficiando exportações indiretas. Rejeitou a ampliação, mantendo a redação original.
16. Créditos Presumidos Regulava a concessão de créditos presumidos para atividades agrícolas específicas, com critérios limitados. Propunha ampliar os créditos presumidos para novos segmentos do setor agrícola, como agroindústria de pequeno porte e cooperativas. Rejeitou a ampliação, preservando a redação original.
17. Locação de Imóveis Tributava operações de locação de imóveis, abrangendo tanto habitação popular quanto locações comerciais, sem isenções adicionais. Propunha isentar locações destinadas exclusivamente à habitação popular, reduzindo a carga tributária para esse segmento. Rejeitou a proposta, mantendo a redação original.
18. Aviação Regional Concedia benefícios fiscais limitados ao transporte aéreo regional, estabelecendo critérios específicos para isenção e redução tributária. Expandia os benefícios fiscais para incluir outras categorias de transporte aéreo regional, como voos em áreas de menor densidade populacional. Rejeitou a ampliação, mantendo a redação original.
19. SAFs (Sociedades Anônimas) Regulava a tributação de direitos desportivos e receitas relacionadas às Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). Propunha ampliar os benefícios fiscais para mais atividades realizadas pelas SAFs, como investimentos em infraestrutura esportiva. Rejeitou as alterações, mantendo a redação original.
20. Créditos Tributários Estabelecia critérios restritivos para compensação de créditos tributários aplicáveis a operações específicas e previamente regulamentadas. Propunha ampliar o escopo dos créditos permitidos, incluindo novas categorias de operações e atividades econômicas. Rejeitou a ampliação, preservando a redação original.
21. Imposto Seletivo Regulava o Imposto Seletivo com critérios restritivos, limitando a aplicação a produtos com maior impacto ambiental. Propunha ajustes para incluir maior flexibilidade na tributação, abrangendo produtos como veículos automotores com maior pegada de carbono. Rejeitou as alterações, mantendo a redação original.
22. Mitigação Ambiental Limitava os benefícios fiscais a projetos ambientais específicos, aplicados em regiões prioritárias definidas por critérios técnicos. Propunha ampliar os benefícios para novos projetos de mitigação ambiental, incluindo iniciativas urbanas e tecnológicas. Rejeitou a ampliação, preservando a redação original.
23. Bebidas Açucaradas Excluía a tributação de bebidas açucaradas do Imposto Seletivo, limitando sua aplicação a outros produtos. Reintroduzia a tributação seletiva para bebidas açucaradas, considerando o impacto desses produtos na saúde pública. Rejeitou a proposta, mantendo a exclusão na redação original.
24. Split Payment Regulava o modelo de pagamento fracionado (“split payment”), aplicável a operações específicas, como serviços digitais e de varejo. Propunha ampliar o alcance do modelo para abranger outras categorias de operações econômicas. Rejeitou a ampliação, mantendo a redação original.
25. Plataformas Digitais Definia regras para tributação de plataformas digitais, incluindo marketplaces e serviços de streaming. Propunha isenção para plataformas de pequeno porte e startups em fase inicial. Rejeitou a proposta, mantendo a redação original.
26. Responsabilidade Tributária Regulava a responsabilidade tributária em operações comerciais, detalhando situações de corresponsabilidade entre fornecedores e adquirentes. Propunha ajustes adicionais para especificar condições de compartilhamento de responsabilidade tributária em setores específicos. Rejeitou a proposta, preservando a redação original.
27. Fundos Patrimoniais Aplicava tributação a fundos patrimoniais, com isenções restritas a situações previstas na legislação. Propunha isentar fundos patrimoniais destinados a atividades culturais e educacionais, ampliando os benefícios fiscais. Rejeitou a proposta, mantendo a redação original.
28. Regimes Especiais Não incluía regimes tributários específicos para parcelamento de solo urbano e atividades correlatas. Criava regimes especiais para empresas de loteamento urbano, prevendo alíquotas diferenciadas para essas atividades. Rejeitou a inclusão, mantendo a redação original.
29. Transição Tributária Previa regras específicas para a transição gradual ao novo regime tributário, estabelecendo etapas definidas para adaptação. Propunha suprimir dispositivos relacionados à transição tributária, simplificando o texto e reduzindo as etapas previstas. Rejeitou a proposta, mantendo a redação original.
30. Parcelamento de Solo Não previa regras específicas para a tributação de loteamentos e parcelamento de solo urbano. Incluía capítulos específicos para regular a tributação de atividades de loteamento urbano, detalhando regimes diferenciados. Rejeitou a inclusão, preservando a redação original.
31. Critérios Ambientais Limitava a concessão de benefícios fiscais a projetos ambientais definidos por critérios técnicos específicos e prioridades regionais. Ampliava as condições para inclusão de novos projetos de mitigação ambiental, como iniciativas urbanas e tecnológicas. Rejeitou a ampliação, mantendo a redação original.
32. Saúde Concedia isenção e redução de alíquota para serviços e produtos no setor de saúde, com foco em itens amplamente utilizados. Propunha incluir serviços especializados e equipamentos de alta tecnologia no escopo dos benefícios fiscais. Rejeitou as alterações, mantendo a redação original.
33. Critérios Ambientais no Seletivo Limitava os benefícios fiscais a projetos ambientais específicos, aplicados em regiões prioritárias definidas por critérios técnicos. Propunha ampliar os benefícios para novos projetos de mitigação ambiental, incluindo iniciativas urbanas e tecnológicas. Rejeitou a ampliação, preservando a redação original.
34. Tributação no Setor de Saúde Concedia isenção e redução de alíquota para serviços e produtos no setor de saúde, com foco em itens amplamente utilizados. Propunha incluir serviços especializados e equipamentos de alta tecnologia no escopo dos benefícios fiscais. Rejeitou as alterações, mantendo a redação original.
Tags: No tags