O mercado de trabalho brasileiro reúne hoje profissionais de 04 gerações. Baby boomers, geração x, geração y e millenniuns dividem salas e corredores, desempenhando funções integradas no dia a dia das corporações.
A diversidade etária pode constituir um fator estratégico de crescimento organizacional, uma vez que diferentes perspectivas e experiências são agregadas ao negócio.
Porém, as diferentes formas de se encarar o contexto profissional, e as relações interpessoais de modo geral, bem como valores e premissas cada vez mais diferentes na sociedade, podem desencadear dificuldades no relacionamento e conflitos entre essas gerações, diminuindo a produtividade nas equipes.
Conforme pesquisa realizada pelas consultorias ASTD Workforce Development e Aspectum, 1 a cada 3 gestores utiliza 5 horas ou mais por semana buscando resolver conflitos entre colegas de diferentes gerações, o que significa perda de 12% na produtividade do trabalho.
Dentre as causas para estes conflitos pode ser destacado o fato de que aquilo que já foi considerado “normal”, ou mesmo “engraçado”, hoje pode não ser aceitável, ou uma rotina ou uma exigência corporativa vigente por décadas hoje já não faz mais sentido.
Fato é que cada ser humano é fortemente influenciado pelo contexto de seu nascimento e crescimento. Porém, é importante que todos se atentem para a forma como seu comportamento é encarado no cenário atual.
O choque de visões e valores se reflete, entre outros fatores, na forma como essas gerações encaram a diversidade – seja pela perspectiva LGBTQIAP+, da origem racial ou étnica, religiosa, das pessoas com deficiência e a não tolerância ao capacitismo, da luta feminista, entre outras.
No entanto, o respeito e valorização da diversidade são tão valiosos para a sociedade e para a rotina das empresas que, em 2020, a Diversidade e Inclusão passou a ser encarada como o décimo pilar do programa de compliance[1], de modo que o assunto deve ser abordado com seriedade e como parte da estratégia de sustentabilidade pelas empresas.
Diante deste fato, faz-se necessário estabelecer dentro da agenda de treinamentos corporativos a pauta do respeito mútuo, de modo que conceitos e dúvidas possam ser esclarecidos, e que as visões sobre diversidade e inclusão possam ser atualizadas e equalizadas.
O respeito, sendo exercitado por meio da empatia, pode trazer soluções simples e diretas para situações complexas. E se alinhado a uma comunicação cordial, por certo trará mais eficiência à dinâmica diária.
É necessário que fique claro para os colaboradores de todas as faixas etárias que o respeito mútuo é dever de todos, devendo permear o dia a dia de todas as equipes, sendo recomendado também indicar quais serão as brincadeiras e comportamentos permitidos e quais não serão tolerados, bem como os canais para os quais devem ser reportados eventuais condutas discriminatórias ou comportamento desrespeitoso que possam constranger uma pessoa.
Diferenças existem, sempre existiram e sempre irão existir. Mas o importante é encará-las como oportunidades de crescimento, e não como obstáculos. E treinamentos corporativos ajudam nessa leitura.
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[1] Confira mais sobre o assunto em https://www.fius.com.br/diversidade-e-inclusao-o-decimo-pilar-em-programas-de-compliance/