A saúde mental é um dos principais fatores para se ter uma boa qualidade de vida, acarretando em bons relacionamentos, produtividade, felicidade e afins. É necessário trazer esse diálogo para o ambiente de trabalho, pois é o local em que canalizamos a maior parte do nosso dia.
Ao analisar estatísticas do INSS, é possível verificar que, em 2013, o transtorno mental foi a 3ª principal causa de afastamento do trabalho no Brasil. Tal realidade ainda não foi modificada, como apontam dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Em 2020, a concessão do auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, ocasionados por transtornos mentais bateu seu recorde, com 576 mil afastamentos, 26% superior em comparação ao ano de 2019.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que a cada US $1,00 investido em tratamentos para ansiedade e depressão, existe um retorno de US $4,00, na medida em que os trabalhadores conseguem ter disposição para executar o seu trabalho. Ainda de acordo com o relatório da OMS, estima-se que os transtornos mentais têm um impacto danoso na economia global de aproximadamente US $1 trilhão por ano por perda de produtividade.
Tais estudos e dados demonstram como os transtornos mentais prejudicam o trabalhador e sua relação de trabalho. As empresas que se preocupam com o bem-estar do indivíduo e um ambiente de trabalho saudável têm uma maior produtividade e desenvolvimento laboral dos seus trabalhadores.
Um estudo realizado pela Mental Health Foundation indica que abordar o bem-estar no ambiente de trabalho aumenta em 12% a produtividade. A promoção e cuidado com a saúde mental dos empregados não é mais um diferencial, mas sim uma necessidade, garantindo-se uma qualidade de vida ao indivíduo, e, por conseguinte, uma maior produtividade.
Algumas maneiras das empresas promoverem a saúde mental de seus colaboradores são:
- Implementação de assistência à saúde mental: existem diversos tipos de programas que auxiliam no desenvolvimento do bem-estar dos trabalhadores, dentre elas a disponibilização de uma rede de profissionais da saúde, principalmente psicólogos;
- Comunicação: canais de comunicação em que o trabalhador se sinta confortável e seguro para falar sobre suas preocupações, discriminações, assédios, entre outras situações que gerem desconforto e angústia. É importante que esse canal de comunicação seja formado por profissionais especializados para esse tipo de escuta;
- Inclusão de projetos saudáveis: incentivar a prática de boa alimentação, exercícios físicos, meditação, yoga, entre outras atividades de bem-estar;
- Política de saúde mental: entender as necessidades e demandas dos empregados individualmente e implementar uma política corporativa direcionada para apoiá-las;
- Palestras sobre saúde mental: fomentar o conhecimento e conferir suporte para os trabalhadores entenderem o que estão sentindo para que consigam buscar ajuda, caso precisem.
Fontes:
https://www.mentalhealth.org.uk/sites/default/files/how-to-support-mental-health-at-work.pdf